terça-feira, 21 de outubro de 2008

Sete por cento da população activa no país é estrangeira

Sete por cento da população activa no país é estrangeira

Em Portugal existem 150 nacionalidades», diz alta comissária para a Imigração e Minorias Étnicas.

Sete por cento da população activa em Portugal é de nacionalidades estrangeiras, afirmou hoje, em Lisboa, a alta comissária para a Imigração e Minorias Étnicas, Rosário Farmhouse.
«Em Portugal existem 150 nacionalidades, o que representa cinco por cento da população residente no país e sete por cento da população activa», revelou a alta comissária na conferência «Lisboa - uma metrópole charneira de culturas», inserida no II Ciclo de Conferências «Lisboa 2020 - Uma Metrópole Competitiva», realizado na Fundação Cidade de Lisboa.
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Rosário Farmhouse considera que Portugal está «bastante bem lançado» nas políticas e nas práticas de integração dos imigrantes, tendo ficado em segundo lugar num estudo realizado no ano passado pelo «British Council» neste domínio.
A cidade de Lisboa «enriqueceu e desenvolveu-se com a mistura intercultural e empobreceu quando se fechou à diversidade», sublinhou a alta comissária.
«Nesta fase de crise, muitos países fecham-se à imigração, não percebendo que a abertura ajuda ao desenvolvimento desses países», acrescentou.
«Viver em harmonia com os outros povos»
O professor universitário e sociólogo Adriano Moreira, também presente na conferência, acredita que na Europa ainda não foi encontrada uma forma de «viver em harmonia com os outros povos» e de «gerir os conflitos».
«As sociedades estão a viver em regime de intolerância e não chega a tolerância. É preciso haver respeito pelas outras pessoas e, para isso, ainda há um longo caminho a percorrer», disse.
Adriano Moreira afirmou, também, que Lisboa tem «bairros fechados e não tem escolas inclusivas», mas Rosário Farmhouse contestou dizendo que «há muitas escolas do primeiro ciclo que têm sabido aproveitar a diversidade».
«As crianças que, desde pequenas, exploram as diferenças de cada um são sementes de esperança, vão ser melhores adultos e fazer uma Lisboa melhor», frisou a alta comissária.
De acordo com Rosário Farmhouse, o Alto Comissariado para a Imigração e Diálogo Intercultural (ACIDI) lançou no ano passado um convite à sociedade civil e às instituições públicas e privadas, nomeadamente às autarquias, para inserirem nas suas actividades o tema do diálogo intercultural.
Já aderiram a esta iniciativa 400 instituições - que, através de várias actividades, desde eventos gastronómicos até ao incentivo nas escolas para que os alunos apresentem aos colegas um pouco da sua cultura - vão dando a conhecer outras culturas.
O Ano Europeu do Diálogo Intercultural decorre ao longo de 2008, com várias iniciativas, públicas e privadas.

FONTE: http://diario.iol.pt/sociedade/imigracao-estudo-portugal-populacao-activa-imigrantes-ultimas-noticias/1004701-4071.html