segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Imigrantes com melhor acesso aos cuidados de saúde

Imigrantes com melhor acesso aos cuidados de saúde

O acesso dos imigrantes aos cuidados de saúde melhorou nos últimos meses, mas continua a haver dificuldades relacionadas com o desconhecimento da lei, afirmam especialistas.
A situação «melhorou desde a saída, em Maio, da circular informativa», dirigida aos serviços de saúde sobre os procedimentos a seguir no acesso dos imigrantes aos cuidados, considera a coordenadora do Gabinete de Saúde do Centro Nacional de Apoio ao Imigrante, Fernanda Silva.
A orientação, emitida pela Direcção-Geral da Saúde (DGS), esclarece que todos os imigrantes têm direito a aceder aos cuidados de saúde, mesmo que se encontrem em situação irregular. «Somos dos países com melhor legislação de protecção e inclusão [dos imigrantes], mas, por vezes, há dificuldades em cumprir a lei, por desconhecimento», afirmou a responsável, que intervirá no seminário «SauDar: Saúde, Género e Imigração», promovido pelo movimento internacional de mulheres Graal e que vai decorrer esta segunda-feira, em Coimbra.
«Verificamos que continua a haver situações de não acesso [aos serviços] por falta de documentação e por desconhecimento, mas essa barreira é mais ao nível dos serviços administrativos», corroborou Ana Paula Monteiro, do projecto SauDar e docente da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra. A professora destaca, por isso, a importância de formar os «técnicos intermédios» dos serviços de saúde, especialmente os administrativos, e de colocar nos serviços mediadores sócio-culturais.
A criação de mais gabinetes de saúde nos Centros Nacionais de Apoio ao Imigrante (só Lisboa tem um, Porto e Faro ainda não) é outra das propostas de Fernanda Silva.
O projecto SauDar foi criado há um ano em Coimbra, com o objectivo de combater as desigualdades no acesso e na prestação dos serviços de saúde às populações imigrantes, especialmente as mulheres.

Fonte: http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=62&id_news=416172

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